Design e alimento já andam de mãos dadas há bastante tempo, seja no
desenvolvimento de utensílios que facilitam o processo de cozinhar, seja pela
influência estética de um sobre o outro.
Porém, essa relação alcançou um
novo patamar, agregando uma nova interpretação à expressão food design: alimentos agora servem como matéria-prima! Já imaginou
um Post-it comestível ou uma mesa com tampo de sal? Esses são apenas alguns
exemplos dessa parceria super criativa entre dois assuntos tão apaixonantes, a
qual ainda deve render muitos frutos e abrir novas possibilidades para ambos.
Cadeira doce
Pieter Branner utilizou nada
menos do que 30 kg de açúcar para tirar seu projeto do papel: a cadeira Sugar é
irresistível e pode, sim, ser consumida, levando a ideia de interação
usuário/produto ao pé da letra.
Pão
Enoc Armengol foi um dos
primeiros a experimentar com alimento, mais precisamente, pão. O designer criou
uma linha de cadeira e mesa – Panpaati – que, apesar da não funcionalidade,
mostrou que o design e a cozinha
tinham um longo caminho pela frente. O resultado são produtos bem-resolvidos e
lúdicos, como os alto-falantes de farelo de pão de Nitsan Debbi.
Funcionais e comestíveis
A francesa Delphine Huguet cria
conceitos culinários superdivertidos, inspirados em produtos do nosso dia a
dia, mas com um diferencial: o material! O bloquinho de Post-its (batizados de
“Eat-it”), comestíveis, é feito de frutas, mas sem o açúcar. Já a linha On The
Move foi inspirada na hora do chá: o pires nada mais é do que um biscoito!
Casca de laranja
Alkesh Parmar foi um dos
destaques da turma de formandos da Royal College of Arts em 2011, graças ao
projeto Apeel. Utilizando casca de laranja como matéria-prima principal, Alkesh
criou um material totalmente novo e 100% biodegradável. Também graduado em
2011, o israelense Ori Sonnenschein foi outro que viu potencial na casca de
laranja, transformando-a em uma linha de pequenos recipientes.
Alimento como padronagem
O trio holandês We Make Carpets
não apenas utiliza alimento como matéria-prima para suas instalações
extraordinárias, mas também explora seu potencial gráfico, criando tapetes
temporários de fazer cair o queixo: o nível de detalhamento é tão bom que, a
princípio, não é possível identificar que o tapete é feito de macarrão ou
sementes de temperos.
Salgados
Claire Fauchille e Roberto
Tweraser desenvolveram projetos bem-sucedidos utilizando sal: tanto o tampo de
mesa de Claire quanto as luminárias de Roberto provam que a transparência do
material agrega muito a estética das peças sem perder na qualidade, já que,
misturado com um tipo de resina, a superfície “salgada” torna-se resistente e
suave ao toque.
Você nunca mais vai olhar para o
seu prato da mesma forma!
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